Portifolio Acadêmico

Desenvolvido como pré requisito da disciplina Teoria Geral da Administração do Curso de Administração no Instituto de Educação e Ensino Superior de Samambaia - IESA, na cidade de Samambaia - Brasília - Distrito Federal - Brasil. Ano 2009.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Capitalismo X Socialismo


INTRODUÇÃO
Este trabalho tem o objetivo de caráter comparativo desenvolvendo as principais diferenças entre o sistema capitalista e o sistema socialista.
A abordagem engloba os principais aspectos destes sistemas a destacar o político, o social, o econômico, o da educação, o da saúde e o da segurança na respectiva ordem.
Tendo em vista a discussão atual dos sistemas aqui abordados, consideramos de grande importância o desenvolvimento do aspecto no âmbito ambiental, o qual foi inserido no trabalho para que possa ser discutido em conjunto com os demais aspectos.


Aspectos Políticos
Socialismo é a denominação genérica de um conjunto de teorias socioeconômicas, ideológicas e políticas que postulam a abolição das desigualdades entre as classes sociais. Para caracterizar esta sociedade é necessário que estejam presentes os seguintes elementos:
· Autoritarismo;
· Limitação do direito a propriedade privada;
· Controle dos principais recursos econômicos pelos poderes públicos com a finalidade teórica de promover a igualdade social, política e jurídica.
Ao contrário do que se costuma pensar, o socialismo não tem um Estado. Isso quer dizer que antes do socialismo a sociedade passa por uma fase chamada de ditadura do proletariado para garantir o domínio da classe proletária sobre as demais, no entanto, esse Estado operário caracteriza-se pelo domínio dos trabalhadores sobre a burguesia, é o ato revolucionário de expropriação dos meios de produção e quebra da resistência burguesa ao passo que constrói o socialismo e cria as bases para uma sociedade sem classes.
Diferente do socialismo o poder político do sistema capitalista é determinado pela propriedade privada dos meios de produção, contratos de trabalho assalariado e formalmente livre, produções para venda e não para o uso próprio e por fim a acumulação de capital por meio do lucro.
Uma diferença grande, na realidade, entre os países capitalistas e socialistas a maioria da população tem garantido o sustento básico, isto e, casa, comida, instrução, saúde, vestimentas, os bens de consumo em geral. Nos países capitalistas, onde a exploração e grande, grande parte da população não possui esses serviços básicos, e a miséria e grande, como se pode constatar em cada esquina.




Aspectos Sociais
No capitalismo usam-se como indicadores sociais as taxas de mortalidade infantil, expectativa de vida e as condições médicas-sanitárias da população. Nos países onde são baixos os índices dos indicadores sociais, desfruta-se de um elevado padrão de vida, o que não ocorre nos países com alto índice desses indicadores.
É inspirado na justiça rígida (quem trabalha ganha, quem não trabalha não ganha, quem usa paga, quem não usa não paga), e na razão, enfatizando a recompensa segundo o merecimento individual.
O capitalismo se legitima como busca da satisfação das necessidades individuais, baseia-se no desejo de liberdade e de justiça, de forma rigorosa e racional.
O socialismo baseia-se no desejo de igualdade e fraternidade. E é inspirado nas necessidades comuns e no sentimentalismo (quem necessita também recebe, quem não pode pagar também pode usar, mesmo quem não merece não será esquecido), enfatizando a igualdade independentemente do merecimento individual.
Seu o principal ideal é a criação de uma sociedade sem classes, ou uma sociedade absolutamente igualitária, ou seja, onde exista somente a classe trabalhadora e todos possuam os mesmos rendimentos e oportunidades.
E o uso da violência é o único meio de estabelecer a ditadura do proletariado e uma sociedade justa e solidária. Tem como características a falta de participação do povo nas decisões governamentais, a falta de liberdade de pensamento e expressão e a formação de um grupo político altamente privilegiado.

Aspectos Econômicos
Sistema econômico do capitalismo caracteriza-se pela propriedade privada dos meios de produção e pela liberdade de iniciativa dos próprios cidadãos. Nesse sistema as empresas pertencem a empresários, e não ao Estado.
A produção e a distribuição das riquezas são regidas pelo mercado, no qual, em tese, os preços são determinados pelo livre jogo da oferta e da demanda.
O proprietário da empresa compra a força de trabalho de terceiros para produzir bens que, após serem vendidos, lhe permite recuperar o capital investido e obter um excedente denominado lucro.
Outros fatores que caracterizam a economia capitalista é a acumulação permanente de capital, geração de riquezas, o papel essencial desempenhado pelo dinheiro e pelos mercados financeiros, a concorrência e a inovação tecnológica ininterrupta.
O modelo econômico capitalista também é chamado de economia de mercado ou de livre empresa.
Já esse aspecto no sistema socialista é planificado, e corresponde a todo controle dos setores econômicos, dirigidos pelo Poder Político, determinando os preços, os estoques e os salários, regulando assim o mercado como um todo.
A economia socialista caracteriza-se como um sistema onde não existe propriedade privada ou particular dos meios de produção; é controlada pelo Poder Político com o objetivo de promover uma distribuição justa da riqueza entre todas as pessoas da sociedade e o trabalho é pago segundo a quantidade e qualidade do mesmo.

Aspectos da Educação
A educação no sistema capitalista trabalha o desenvolvimento do aluno de modo a fomentar o espírito de competição e assim legitimar ou promover as diferentes classes sociais.
A educação capitalista orienta seus aprendizes ao egoísmo enquanto no socialismo os alunos são instruídos ao altruísmo.
Neste contexto pode-se observar que no capitalismo não há educação para todos, inclusiva de qualidade.
Já na educação aplicada no socialismo, através de uma economia solidária, a educação é voltada para a cooperação e não para a competição.
No socialismo existe a obrigação ou o dever de promover o acesso à educação para todos com a preocupação de oferecer um ensino de qualidade.
Observa-se também o desenvolvimento da valorização à coisa pública.
Contudo a educação no socialismo tem como meta erradicar as classes sociais.

Aspectos da Saúde
Consideram-se algumas das principais diferenças nos sistemas capitalista e socialista o acesso excludente à saúde, não há saúde para todos no sistema capitalista até mesmo pela diferença entre classes que privilegia alguns enquanto a classe mais pobre sofre com diversos males e sem a devida assistência. Já o socialismo promove o acesso integral e de qualidade para todos sem a diferenciação de classes.
Na maioria dos países de sistema capitalista o modelo privado de saúde se sobressai em relação ao modelo público enquanto no sistema socialista é adotado um único modelo que atende a todos com qualidade.
A saúde no modelo capitalista é dominada pelas grandes industrias farmacêuticas é que comandam as pesquisas, vacinas, remédios para tratamentos de diversas doenças, só que ao invés de se preocupar com a saúde do povo ela esta preocupada com os lucros obtidos na venda de resultados de pesquisas e medicamentos.
A saúde no âmbito socialista ao contrário da capitalista não é dominada por grandes corporações farmacêuticas e sim voltada para o lado social, formando profissionais que trabalham para ajudar a população.
A saúde em países socialistas é bem mais avançada que em países capitalistas, pois em países capitalistas não é interessante investir nos tratamentos caros de doenças não muito comuns e que só trazem gastos ao estado.
Lamentavelmente países socialistas que possuem amplo conhecimento médico e científico estão fechados em cortinas de ferro simplesmente para que grandes corporações farmacêuticas possam continuar lucrando.
Aspectos da Segurança
Uma afirmação muito comum, mas enganosa, é a de que segurança e liberdade são alternativas que se excluem mutuamente – escolher uma é abrir mão da outra.
Mas esse tipo de segurança não é uma alternativa para a liberdade; ao invés disso, é uma conseqüência da liberdade. Essa tradicional segurança provém da liberdade assim como o carvalho provém de um fruto. Não se trata de uma sem/ou a outra é impossível. A liberdade estabelece as bases para toda a segurança disponível neste mundo incerto.

Aspectos Ambientais
No sistema capitalista, esse aspecto é chamado de capitalismo natural ou capitalismo verde. É a teoria de que preservar o ambiente, ser socialmente responsável, interagir na comunidade em que se está inserido traz satisfação aos clientes, diferencia a empresa em relação à concorrência e por conseqüência amplia os lucros para os acionistas.
Há uma tendência para adoção deste modelo em grandes empresas ocidentais, desde que tais medidas não prejudiquem a economia global, independentemente do mal que a degradação ambiental possa causar ao planeta.
A questão em que se trata do socialismo no meio ambiental é chamada de eco-socialismo e acontece hoje com ações concretas como o enfrentamento do movimento ambientalista e da sociedade em geral com as empresas poluidoras ou as mobilizações contra os projetos agressivos ao meio ambiente. Ressalta-se a necessidade de se multiplicar esse tipo de ação.
O eco-socialismo tem raízes no Brasil através das lutas sociais e ambientais que se desenrolaram até hoje e tem como ícone Chico Mendes, um pioneiro e exemplo maior dessa luta, pois enfrentou o latifúndio e as empresas multinacionais para defender a integridade da Amazônia.

CONCLUSÃO
Para concluirmos o trabalho aqui apresentado, demonstramos um quadro com as 10 principais características sociais do capitalismo e do socialismo que segue:

Capitalismo 1
Socialismo 2
1 Propriedade privada dos meios de produção
2 Propriedade publica dos meios de produção
1 Visa lucro e a geração de riquezas
2 Visa atender as necessidades da população
1 Grandes diferenças sociais
2 As diferenças sociais são desprezíveis
1 Sociedade divida em classes sociais
2 Divisões de classes tendem ao desaparecimento
1 Produção regulada pelo mercado
2 Produção planificada ou planeja
1 Remuneração de acordo com a propriedade
2 Remuneração de acordo com o trabalho
1 Os mais capazes se beneficiam
2 Igualdade de oportunidades para todos
1 Investimentos para ampliar as vendas
2 Os produtores são os próprios consumidores
1 Variedades de produtos ofertados
2 Restrição de produtos a disposição dos consumidores
1 Sociedades individualistas e competitivas
2 Sociedades solidarias e desestimuladas economicamente


REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFIICAS

ARRUDA, José Jobson de Andrade. Historia Moderna e Contemporânea. São Paulo: Ed. Ática, 1984, p. 73-98.
DECATOS, Ângelo. As Preocupações e as Vantagens Capitalistas. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/es/v18n58/18n58a05.pdf. Data da publicação: 17/03/2008.
DIAS, Genebaldo Freire – Ph. D. Educação Ambiental: Princípios e Práticas. São Paulo: Ed. Gaia, 2000, p. 92, 193, 201, 226 e 253.
HIRANO, Sedi. Política e Economia como formas de dominação: O trabalho intectual
em Marx. São Paulo: Ed. Ediouro, 2001, p. 144 168.
MATOS, Sergio. O mundo da Sociologia: A Educação Para a Concientização. Disponível em: http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/o-socialismo.html. Data da publicação: 12/09/2008.
NASCIMENTO, Simone. O Capitalismo e Suas Particularidades. Disponível em; http://pt.wikipedia.org/wiki/capitalismo. Data dapublicação: 12/06/2005.

Princípios econômicos


Como se sabe, a economia tem como princípio fundamental a utilização dos recursos escassos da sociedade, como melhor direcioná-los e como proporcionar um maior bem-estar possível e toda população de cada nação e do planeta onde vive a humanidade atual que necessita resolver os problemas. A economia tem como direção os que detêm o poder naquele momento, todavia, deve-se considerar que a influência dos intelectuais e políticos na condução da história está além dos que formam consciência, mas a humanidade determina seu próprio destino. Os políticos, cientistas e intelectuais estudam e tentam direcionar os seus comandados, porém, a consciência e a determinação evolutiva de cada povo, é que traçam os caminhos econômicos, cuja história conhece claramente os meandros desta fase.
A economia tem como princípio investigar os problemas econômicos, fazendo uma conexão entre meios e fins, relacionando sempre o passado com o futuro, tentando organizar os elementos participativos da economia, dentro dos fundamentos de uma boa administração dos meios escassos da sociedade. É justamente neste relacionamento das pessoas com as pessoas e das pessoas com as coisas, isto é, a máquina, os elementos naturais e a criatividade que a economia funciona, produzindo máximo aos mínimos custos e sem ferir a natureza. Este é o princípio de eficiência econômica, cuja economia imperfeita já demonstrou que ela não existe, todavia, o progresso tecnológico indica que podem acontecer proximidades para aqueles que conseguem a superação de suas metas como resultado promissor ou de excedente.


Os princípios de Mankiw
#1
As pessoas defrontam-se com compromissos
#2
O custo de uma coisa é aquilo de que abdicamos para obtê-la
#3
As pessoas racionais pensam marginalmente
#4
As pessoas respondem aos incentivos
#5
O comércio pode ser benéfico para todos
#6
Os mercados são normalmente uma boa forma de organizar a actividade económica
#7
Os governos podem por vezes melhorar os resultados dos mercados
#8
Os padrões de vida de um país dependem da sua capacidade de produzir bens e serviços
#9
Os preços aumentam quando o governo imprime demasiado dinheiro
#10
A sociedade defronta-se com um compromisso de curto prazo entre a inflação e o desemprego
N. Gregory Mankiw
A primeira das lições que aprendemos na vida é que “não existe almoço grátis (com exceção do Fome Zero, lembram dele?). Na vida para obter uma coisa da qual gostamos, em geral devemos abrir mão de outra. Tomar decisões exige comparar um objetivo com o outro, a isto chamamos de tradeoff. Um dos tradeoffs clássicos que todos enfrentamos é aquele existente entre trabalho e lazer. Quando chegamos à idade adulta a necessidade de procurar trabalho e iniciar uma carreira acaba por diminuir consideravelmente nossas horas de lazer.Como as pessoas enfrentam tradeoffs, a tomada de decisões exige a comparação dos custos e benefícios dss várias possibilidades que se abrem. Contudo, em muitos casos, o custo de alguma ação não é tão óbvio como poderia parecer. Considere, por exemplo, a decisão de escolher o curso de Economia como formação universitária. O benefício é o enriquecimento intelectual e uma compreensão do mundo sem igual. Contudo, o custo são as horas de estudo que invariavelmente implicam em afastamento dos amigos, família, etc.Como as pessoas tomam decisões comparando custos e benefícios, seu comportamento pode mudar quando os custos ou benefícios se alteram. Isto é, as pessoas respondem a incentivos. Quando o custo da entrada do cinema aumenta os casais decidem alugar um DVD para assistir em casa. Com o esvaziamento das sessões os donos do cinema optam por fazer promoções nas noites de segunda ou quarta, por exemplo. Pronto, os incentivos mudaram tanto o comportamento do público que vai ao cinema regulamente quanto dos donos dos estabelecimentos.Portanto, por mais triste e perverso que possa parecer a população que é beneficiada por um programa assistencial como o Bolsa Família tem sérios incentivos para continuar nele, pois não são oferecidas opções mínimas para uma real melhora de suas condições de vida através por exemplo do acesso à uma educação de qualidade ou ofertas de trabalho digno.

Commodities

CommoditiesUm investimento em Commodities se faz através do Mercado de futuros. Você compra no mercado de futuros um contrato com um grande produtor de laranjas, estipulando que ele se compromete a entregar daqui a sete meses 400 toneladas de laranjas, pelas quais você se compromete a pagar R$140,00 por tonelada. Nessa transação você espera poder vender esse contrato de laranjas para algum interessado, antes da sua data de vencimento, por um preço maior por tonelada do que pagou, obtendo lucro na transação.Como qualquer tipo de investimento, a opção de investir em Commodities será analisada por seu:Retorno: Ganho percentual sobre o capital investido que se espera ganhar em comparação com outras formas de investimento.Risco: Incerteza quanto a investir em uma opção de investimentoNa análise quanto ao risco e retorno de um investimento, a escolha varia de pessoa para pessoa, já que alguns aceitam riscos maiores em troca de retornos maiores enquanto outras pessoas preferem retornos menores mas com riscos também menores.4- Mas o que fazer com tantas laranjas se eu não conseguir vendê-las?Como investidor, ou melhor dizendo, como especulador você não vai ter nenhuma posse física das Commodities que negocia, você somente vai comprar e vender contratos como outros tantos investidores antes da data de vencimento dos contratos. Assim, pode ser que daqui a cinco dias você ache que o preço por tonelada de laranjas está satisfatório em R$145,00 e o venda para outro especulador. Pronto, vocês fez a operação no Mercado de Futuros e nem por isso teve de se preocupar em onde colocar 400 toneladas de laranja.5- Então Commodities são iguais a ações da Bolsa de Valores?Não, o Mercado de Ações e o Mercado de Futuros (que negocia as Commodities) têm diferenças.No Mercado de Capitais (ações), se negocia tanto ações "velhas", emitidas há vários anos, quanto ações "novas", emitidas por uma empresa nova por exemplo. Nesse mercado há a distribuição de dividendos (como que uma participação nos lucros das empresas a acionistas possuidores de ações especiais que recebem esse dividendos) .No Mercado de Futuros somente se negocia produtos disponíveis para consumo imediato ou futuro, não se poderia negociar o trigo consumido a cinco anos por exemplo. Nesse mercado não há a distribuição de dividendos.6- Então no Mercado de Futuros somente circulam especuladores atrás de lucros?Mais ou menos, no Mercado de Futuros cerca de 90% dos negócios são feitos com finalidade especulativa, mas também existem compradores que desejam o produto final. Por exemplo, a Nestlé tem como matéria-prima básica para sua linha de produção de chocolates o Cacau, e para manter um nível de produção regular ao longo do tempo, a Nestlé compra no Mercado de Futuros contratos de Cacau a um preço acertado que lhe permita manter também os custos e o preço final do produto. Outra vantagem para os consumidores finais da Commodities é o ganho com a eliminação dos custos de estocagem e manuseio da produção.7- Mas e se o produtor de uma Commoditie que faz um Contrato Futuro sofre uma quebra de produção, não podendo mais honrar o contrato?Nesse caso, o produtor terá que comprar um outro contrato no mercado na mesma proporção que o seu, seja mais caro ou mais barato, de modo que quando chegar a data término do seu contrato, também o contrato que comprou vencerá e então cumprirá o contrato com a produção de outro produtor. O produtor na verdade anula seu contrato. É por esse motivo que os produtores de Commodities tratam com tanta discrição as informações sobre a produção, para poderem realizar operações de anulação se necessário. Por exemplo, o relatório sobre a produção de laranjas nos EUA tem data marcada para ser apresentado para o público.8- Mas o que um especulador faz se o preço da Commoditie da qual tem um contrato começa a cair.Nesse caso, se o especulador não acredita a alta de preços daquela Commoditie ou se prefere anulá-lo naquele momento temendo perder.
A compra e venda de commodities ocorre de diversas formas. As vendas diárias são feitas no mercado à vista. Os especuladores também podem negociar opções de commodities, que conferem a seus proprietários o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um certo montante das commodities adquiridas a um preço determinado durante um período específico de dias, semanas ou meses.


Agricultores e outros vendedores de commodities utilizam os futuros para fixar os preços das lavouras e de outras commodities que aguardam o momento de chegar ao mercado, protegendo-se dessa forma das quedas de preços que ocorrem quando as ofertas aumentam repentinamente — na época da colheita, por exemplo. Os compradores futuros, entre eles os fabricantes de alimentos à base de cereais ou os que atuam no segmento de refino do petróleo, recorrem aos contratos para se protegerem dos aumentos súbitos de preços.

O contrato de futuros é uma aposta na variação dos preços à vista.

Nas várias bolsas de commodities, os preços dos contratos são monitorados a cada momento, de forma muito parecida ao processo pelo qual os preços das ações são fixados nas bolsas de valores. Muitos negociantes de futuros de commodities não têm jamais a intenção de tomar posse do objeto físico de sua commodity. O dinheiro não troca de mãos no momento em que comprador e vendedor decidem fazer um contrato de futuros; tampouco quando o valor do contrato é zerado. Contudo, durante o pregão do dia, o contrato subirá de valor se o preço à vista subir, ou se os negociantes acharem que o preço à vista subirá no futuro. O preço do contrato cairá se ocorrer o oposto.

No final do dia, a variação do preço do contrato acarretará no pagamento automático de uma parte à outra, zerando o preço do contrato. O processo é repetido sempre que houver pregão, até que o contrate expire.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Contabilidade Geral

Material 02 – 30/07/2009
Introdução a Disciplina

“Para que possamos entender a disciplina, devemos pensar em nosso cotidiano. O que você faz com o seu salário? Quando paga suas contas, decide comprar algum bem, uma casa, um carro, uma roupa, ou investir o seu dinheiro em ações e fundos, assumir uma divida ou pegar uns empréstimos. È necessário efetuar um orçamento, registrar e controlar gastos pessoais, além de ao final do ano, fazer a declaração de imposto de renda. Estes eventos, que afetam a sua vida, têm relação com a Contabilidade.

Poderiam as empresas sobreviver sem qualquer controle? Com seriam desenvolvidas as transações financeiras, empréstimos, financiamentos, investimentos, aquisições, venda de produtos, se não houvesse quaisquer informações sobre as empresas envolvidas? Sua empresa emprestaria um milhão de reais se não soubesse a probabilidade de retorno, ou compraria outra empresa sem nenhum conhecimento da saúde financeira?

A Contabilidade é a linguagem dos negócios. Através desta é que se traçam os objetivos, se mensuram resultados e avaliam desempenhos. È por meio dos relatórios elaborados com base no sistema de informações contábeis que administradores decidem quanto às decisões gerenciais das companhias.” (*Contabilidade Geral, Editora Atlas, FGV)

Definição de Contabilidade

Pode-se definir a Contabilidade como um Sistema de Informação e Avaliação cujo objetivo maior é fornecer informações úteis a seus usuários, de forma a apoiá-los na tomada de decisões de natureza econômica e financeira ou na formação de suas avaliações. (FIPECAFI*)

Campo de atuação

O campo de atuação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc.

Entidades econômico-administrativas: são organizações que reúnem os seguintes elementos: pessoas, Patrimônio, titular, ação administrativa e fim determinado.

As entidades econômico-administrativas são classificadas:

Ü Entidades com fins econômicos (empresas) - visam o lucro.
Ü Entidades com fim sócio-econômico (instituições) visam superávit que reverterá em benefício de seus integrantes.
Ü Entidades com fins sociais - (instituições) - visam atender às necessidades da coletividade a que pertençam Governo.


Os usuários da contabilidade

Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam nos instrumentos contábeis as suas respostas.

Usuários Externos
Ü Bancos;
Ü Fornecedores;
Ü Governo;
Ü Clientes;
Ü Concorrentes;
Ü Acionistas




Usuários Internos
Ü Gerentes: para a tomada de decisões;
Ü Funcionários: com interesse em pleitear melhorias, conhecer a organização;
Ü Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais.

Finalidade da Contabilidade

Assegurar o controle do patrimônio administrado, através do fornecimento de informações e orientação necessária à tomada de decisões sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem ser lucrativos ou meramente ideais (sociais, culturais, esportivos, beneficentes ou outros). *Hilário Franco

Objeto da Contabilidade

O patrimônio é o objeto da contabilidade, isto é, sobre ele se exercem as funções contábeis, para alcance de suas finalidades.


O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade, para conhecer a situação do patrimônio em determinado momento, bem como suas variações e os efeitos da ação administrativa sobre a riqueza patrimonial, é que a contabilidade registra, classifica, demonstra, analisa e interpreta os fatos ocorridos no mesmo. *Hilário Franco

Objetivo

É permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas.

Método das partidas dobradas

1ª fórmula: um débito para cada crédito
2ª fórmula: um débito e vários créditos
3ª fórmula: vários débitos e um crédito
4ª fórmula: vários débitos e vários créditos


* FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras
*Contabilidade Geral - Franco, Hilário, Editora Atlas 23º Edição
*Contabilidade Geral – Editora Atlas e FGV.

Inatrodução à Economia

1- A inter-relação da economia com as outras ciências
Assim como a maioria das outras ciências, a economia não se define como uma ciência independente das demais, mas sim como uma ciência social que se relaciona e interage com outras diversas áreas do conhecimento.

Na “pré-economia”, isto é, quando a economia ainda não era definida como ciência, o seu estudo era relacionado à questões filosóficas, morais e éticas.

1.1 - Economia, Biologia e Física
Apesar da Biologia e da Física terem surgido a mais tempo que a ciência econômica, os grandes avanços nessas duas áreas do conhecimento contribuíram para a construção do núcleo científico inicial da economia (séc. XVIII e XIX).
1.1.1 - Biologia ¨ A partir das concepções organicistas da biologia, a economia se comportaria como um órgão vivo. A partir daí, a economia começa a utilizar termos como órgãos, funções, fluxos e circulação na teoria econômica.
1.1.2 - Física ¨ Sob as concepções mecanicistas da física, as leis da economia se comportariam como determinadas leis da física, daí o uso de termos como estática, dinâmica, aceleração, velocidade, etc.
Com o passar do tempo, entretanto, a economia assume uma concepção mais humanística ao buscar estudar e analisar os atos humanos e a satisfação das suas necessidades. A partir daí, a economia passa a ser definida como uma ciência social.
Economia e História
A pesquisa histórica é extremamente útil e necessária tanto para a compreensão do presente como para ajudar as previsões para o futuro, com base nos fatos do passado.

Economia e Geografia

Localização espacial dos fatores de produção;
Localização da população e das atividades econômicas;
Localização de empresas;
Condições geoeconômicas do mercado.

Economia e Direito Relacionam-se através das normas jurídicas do país, como por exemplo a criação de leis de regulação de mercados (agências reguladores como a ANATEL e ANEEL) e de contratos (Código de Defesa do Consumidor).A divisão do estudo econômico.
A análise econômica é normalmente dividida em 4 áreas de estudo:

Microeconomia: estuda o comportamento dos consumidores e das empresas e os mercados onde eles se interagem, bem como a formação dos preços e a determinação das quantidades nesses mercados.

Macroeconomia: estuda o funcionamento da economia como um todo, ou seja, analisa o comportamento dos chamados agregados econômicos como por exemplo o PIB, a inflação, o (desemprego, a taxa de câmbio, o consumo, etc.

Economia Internacional: estuda as relações econômicas, tanto comerciais quanto as financeiras, entre os residentes e não-residentes de um país.

Desenvolvimento econômico: preocupa-se com a melhoria do padrão de vida e do bem-estar da sociedade.


2 - A ECONOMIA E A NECESSIDADE DE ESCOLHA

Nesta primeira etapa iremos estudar os problemas básicos da economia, isto é, os decorrentes da existência de recursos limitados ante as necessidades virtualmente ilimitadas.
· O petróleo, o trabalho, as máquinas, etc. estão disponíveis em quantidades limitadas.
· Com esses escassos recursos, produzem-se bens e serviços (alimentos, moradias, automóveis, saúde, educação, lazer etc.).
· A escassez sempre existirá, já que os desejos são superiores aos meios disponíveis para satisfazê-los.

2.1 CONCEITO DE ECONOMIA

As pessoas necessitam alimentar-se, vestir-se, receber uma educação, etc.; para isso, há os recursos, mas a renda é insuficiente na hora de conseguir todos os bens e serviços desejados para satisfazer suas necessidades.

A sociedade (conjunto de pessoas) tem também necessidades coletivas, tais como estradas, defesa, justiça etc. O mesmo ocorre individualmente com as pessoas, que também têm mais necessidades do que meios para satisfazê-las. A economia se ocupa das questões relativas à satisfação das necessidades dos indivíduos e da sociedade (Esquema 2.1).







· Necessidade humana: é a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la.
· Tipos de necessidades:
o Segundo o requerente:
§ Necessidades do indivíduo:
· Natural: por exemplo, comer.
· Social: decorrente da vida na sociedadde; por exemplo, festa de casamento.
§ Necessidades da sociedade:
· Coletivas: partem do indivíduo e passam a ser da sociedade; por exemplo, o transporte.
· Públicas: surgem da mesma sociedade; por exemplo, a ordem pública.
o Segundo sua natureza:
§ Necessidades vitais ou primárias: destas depende a conservação da vida; por exemplo, os alimentos.
§ Necessidades civilizadas ou secundárias: são as que tendem a aumentar o bem-estar do indivíduo e variam no tempo, segundo o meio cultural, econômico e social em que se desenvolvem os indivíduos; por exemplo, o turismo.
Esquema 2.1: Tipos de necessidades humanas

A satisfação de necessidades materiais (alimentos, roupas ou habitação) e não-materiais (educação, lazer, etc.) de uma sociedade obriga seus membros a se ocuparem de determinadas atividades produtivas. Por intermédio dessas atividades, produzem os bens e serviços de que necessitam, e que posteriormente se distribuem para seu consumo entre os membros da sociedade.

Nesse processo de produção e consumo, surgem e são solucionados muitos problemas de caráter econômico: problemas nos quais se utilizam diversos meios para se conseguir uma série de fins ou objetivos.

Na produção, por exemplo, a empresa tem de decidir que bens vai produzir e que meios utilizará para produzi-los. No caso de uma empresa que produz automóveis, os gerentes têm de decidir o modelo de automóvel a ser lançado no mercado e se irão produzi-lo com uma tecnologia robotizada ou com uma em que se emprega mais mão-de-obra.

Em relação ao consumo, as famílias têm de decidir como vão gastar a renda familiar entre os diferentes bens e serviços ofertados para satisfazer suas necessidades. Assim, uma família qualquer, na hora de decidir entre um televisor e uma máquina de lavar, levará em conta suas necessidades, os preços de ambos os bens e suas próprias preferências, de forma que o resultado da escolha seja o mais apropriado.


2.1.1 DEFINIÇÃO DE ECONOMIA

A economia estuda a forma pela qual os indivíduos e a sociedade fazem suas escolhas e tomam decisões, para que os recursos disponíveis, sempre escassos, possam contribuir da melhor maneira para satisfazer as necessidades individuais e coletivas da sociedade.

A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.

De forma intuitiva, pode-se dizer que a economia se preocupa com a maneira como os indivíduos "economizam" seus recursos, isto é, como empregam sua renda de forma cuidadosa e sábia, de modo a obter o maior aproveitamento possível. Do ponto de vista da sociedade, em seu conjunto, a economia trata de como os indivíduos alcançam o nível de bem-estar material mais alto possível a partir dos recursos disponíveis.

A economia somente se preocupa com as necessidades que são satisfeitas por bens econômicos, ou seja, por elementos naturais escassos ou por produtos elaborados pelas pessoas.

2.1.2 A MICRO E A MACROECONOMIA

A microeconomia ocupa-se da análise do comportamento das unidades econômicas, como as famílias, ou consumidores, e as empresas. Estuda também os mercados em que operam os demandantes e ofertantes de bens e serviços. A perspectiva microeconômica considera a atuação das diferentes unidades econômicas como se fossem unidades individuais.

Assim, quando explicamos o aumento do preço do petróleo como conseqüência de aumento na demanda de energia, estamos fazendo uma colocação tipicamente microeconômica.

A microeconomia é aquela parte da teoria econômica que estuda o comportamento das unidades, tais como os consumidores, as indústrias e empresas, e suas inter-relações.

A macroeconomia, pelo contrário, ocupa-se do comportamento global do sistema econômico refletido em um número reduzido de variáveis, como o produto total de uma economia, o emprego, o investimento, o consumo, o nível geral de preço etc. Se o Ministério da Fazenda, por exemplo, anuncia que a inflação caiu 2% em relação ao mês anterior e que o número de empregos aumentou, está destacando o que, em sua opinião, são os aspectos mais significativos da evolução global da economia.

A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu conjunto. Seu propósito é obter uma visão simplificada da economia que, porém, ao mesmo tempo, permita conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países.

De qualquer forma, deve-se ressaltar que a microeconomia e a macroeconomia são dois ramos da mesma disciplina, a economia, e como tais se ocupam das mesmas questões, ainda que se fixem em aspectos distintos.

2.2 O PROBLEMA ECONÔMICO: A ESCASSEZ

O problema econômico por excelência é a escassez. Surge porque as necessidades humanas são virtualmente limitadas, e os recursos econômicos, limitados, incluindo também os bens. Esse não é um problema tecnológico, e sim de disparidade entre os desejos humanos, e os meios disponíveis para satisfazê-los. A escassez é um conceito relativo, pois existe o desejo de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior que a disponibilidade.

Existem países em que a população possui níveis de vida mais elevados do que em outros. Nesses países, há alimentos e bens materiais abundantes, enquanto em alguns países atrasados existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta pobreza, na qual muitos chegam a morrer de fome.

Tendo em conta essa situação, parece estranho a economia abordar a escassez como um problema universal, isto é, como um problema que afeta todas as sociedades. Isso se deve em razão de a economia considerar o problema como de escassez relativa, uma vez que os bens e serviços são escassos em relação ao desejo dos indivíduos.

2.3 AS NECESSIDADES, OS BENS ECONÔMICOS E OS SERVIÇOS

O conceito de necessidade humana, isto é, a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la é, como colocado no Esquema 1.1, algo relativo, pois os desejos dos indivíduos não são fixos. O ditado popular "quanto mais se tem, mais se quer" parece refletir fielmente a atitude dos indivíduos em relação aos bens materiais. Assim, pois, o fato real que enfrenta a economia é que em todas as sociedades, tanto nas ricas como nas pobres, os desejos dos indivíduos não podem ser completamente satisfeitos. Nesse sentido, bens escassos são aqueles que nunca se têm em quantidade suficiente para satisfazer os desejos dos indivíduos (Esquema 1.2).

Os bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, pela escassez e por serem transferíveis. Os bens livres – como, por exemplo, o ar – são aqueles cuja quantidade é suficiente para satisfazer a todo o mundo.

Quando buscam satisfazer suas necessidades, as pessoas procuram, normalmente, fixas suas preferências. Assim, os primeiros bens desejados são os que satisfazem as necessidades básicas ou primárias, como a alimentação, o vestuário e a saúde. Satisfeitas as necessidades primárias, os indivíduos passam a satisfazer outras mais refinadas, como o turismo, ou buscam melhor qualidade dos bens que satisfazem suas necessidades primárias, como uma habitação melhor, roupas de determinadas marcas etc.

Por isso, pode-se dizer que as necessidades são ilimitadas ou, de outra forma, que sempre existirão necessidades que os indivíduos não poderão satisfazer, ainda que seja somente pelo fato de os desejos tornarem-se "refinados".

Bem: é tudo aquilo que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e necessidades dos seres humanos.
Tipos de bens:
* Segundo seu caráter
* Livres: são ilimitados em quantidade ou muito abundantes e não são apropriáveis.
* Econômicos: são escassos em quantidade, dada sua procura, e apropriáveis. São o objeto de estudo da economia.
* Segundo sua natureza
* De consumo: destinam-se à satisfação direta de necessidades.
* Duradouros: permitem uso prolongado.
* Não-duradouros: acabam com o tempo.
* De capital: não atendem diretamente às necessidades.
* Segundo sua função
* Intermediários: devem sofrer novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital.
* Finais: já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou consumo.
Esquema 1.2: Tipos de bens.

2.3.1 TIPOS DE BENS ECONÔMICOS

Além de econômicos e livres, os bens e serviços classificam-se em bens de consumo, quando se destinam à satisfação direta de necessidades humanas, e em bens de capital. Dentro de bens de consumo, pode-se falar em bens de consumo duráveis, que permitem uso prolongado, como, por exemplo, um eletrodoméstico, e bens de consumo não-duráveis ou perecíveis.

Por outro lado, os bens podem ser intermediários (o cimento é um exemplo), pois sofrem novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital; ou bens finais, isto é, os que já sofreram essas transformações. A soma total de bens e serviços finais gerados em um período denomina-se produto total.

Os bens podem ainda se classificar em privados e públicos. Bens privados são os produzidos e possuídos privadamente. Bens públicos ou coletivos são aqueles cujo consumo é feito simultaneamente por vários sujeitos, por exemplo, um parque público.

2.3.2 OS SERVIÇOS

O trabalho, quando não destinado à criação de bens, isto é, de objetos materiais, tal como o realizado por um agricultor ou um pedreiro, visa à produção de serviços. O trabalho de serviços pode estar relacionado com a distribuição de produtos, como o realizado por um agente de vendas ou um transportador; com atividades que satisfazem as necessidades culturais, como as realizadas por um professor ou um artista de cinema, um escritor ou um cantor; ou com outros tipos de atividades, tais como os serviços oferecidos por um banco ou uma companhia de seguros. Todas essas atividades constituem o que se denominam serviços.

Os serviços são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais, se destinam direta ou indiretamente a satisfazer necessidades humanas.

2.4 RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO

Para a satisfação das necessidades humanas é necessário produzir bens e serviços. Para isso, exige-se o emprego de recursos produtivos e de bens elaborados.

Os recursos são os fatores ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São denominados fatores de produção.

Tradicionalmente, esses fatores se dividem em três grandes categorias: terra, trabalho e capital.

· Na economia, o termo terra é usado em sentido amplo, indicando não só a terra cultivável e urbana, mas também os recursos naturais que contém, como, por exemplo, os minerais.

· O fator trabalho refere-se às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo. No Esquema 1.3, destacamos alguns pontos sobre o fator de produção trabalho e população. O trabalho é o fator de produção básico. Os trabalhadores se servem das matérias-primas obtidas da natureza. Com a ajuda da maquinaria necessária, transformam-nas até convertê-las em matérias básicas, aptas a outros processos ou bens de consumo.


· O capital compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos, a existência de meios elaborados e demais meios utilizados no processo produtivo. Recebem essa denominação porque, nas economias capitalistas, o capital geralmente é de propriedade privada e especialmente dos "capitalistas".













* A população é um conjunto de seres humanos que vivem em uma área determinada. * O fator produtivo trabalho é a parte da população que desenvolve as tarefas produtivas. População * População ativa: a que intervém no processo produtivo. - Empregados Empregados no sentido estrito: têm um trabalho remunerado ainda que estejam afastados por doença. Empregados ativos marginais: fazem trabalhos periódicos. - Desempregados: Reúnem as condições de idade e capacidade física e mental para trabalhar, mas não trabalham. * População inativa: a que somente consome. Aposentados. Estudantes. Donas de casa. Pessoas que não trabalham e não procuram emprego. Incapacitados para trabalhar.
Esquema 2.4: Trabalho e população.


Fatores de Produção

Escrito por.
Manoel Ruiz


Quanto ao tema fatores de produção, há uma divergência de opiniões entre os economistas quanto ao número de fatores, porem todos concordam com a existência de fatores de produção. A seguir abordaremos as duas correntes, sendo que primeiro será feito uma analise do pensamento dos autores mais antigos ou tradicionais, para o qual classificam em três os fatores de produção que são: A "terra", o "trabalho" e o "capital".A "terra" e o "trabalho" são considerados fatores originários, já o "capital" e derivado da "terra" e do "trabalho". Segundo a teoria desses autores, vamos analisar a influencia desses três fatores na produção.Esses fatores têm influencia direta na produção, os quais são utilizados para satisfazer as nossas necessidades, direta ou depois de transformadas. O planeta em que habitamos que foi denominado de "Terra", constitui o primeiro fator de produção e quando surgiu o homem, o mundo já estava criado. O homem vem em constante evolução, seus conhecimentos é renovado freqüentemente, porem até hoje podemos aproveitar somente a superfície da terra, a camada inferior mais próxima e a camada gasosa que envolve nosso planeta. A terra tem condições de nos oferecer os gêneros alimentícios e a matéria-prima necessária para a produção de novos bens econômicos.A natureza é generosa, pois encontramos na terra muitas coisas imediatamente aproveitadas como: os peixes, animais comestíveis, ervas, frutas a água etc. E não é só isso, temos os mares e os rios com suas quedas-d'água, o homem faz aproveitamento desses recursos, para melhorar a sua existência. Podemos notar também que até as coisa que a natureza nos oferece prontas, como: os animais, peixes, frutas etc., exige algum esforço que é considerado "trabalho", como: a caça, a pesca, a colheita, o transporte, o armazenamento, etc. Então o segundo fator de produção é o "trabalho" (Esse nome vem de um antigo instrumento chamado "tripallium", o qual era usado para castigar os escravos e exigir deles mais trabalho).É bom lembrar que o homem é o agente da produção e o seu trabalho representa o segundo fator da produção. O trabalho, em economia, quer dizer o trabalho humano e não o desempenho das máquinas e nem o esforço dos animais que parecem trabalhar. A máquina industrial e os animais colocados a serviço do homem representam o terceiro fator de produção, que é o "capital" o qual vamos abordar a seguir.Ao longo dos anos, o homem percebeu que mesmo as coisas que não proporcionavam a pronta satisfação de suas necessidades, serviriam para ajuda-lo a obter outras coisas de consumo imediato. Então o homem primitivo percebeu que poderia fazer instrumentos como o arco e flecha, o machado de pedra, a foice com dentes de sílix, etc; que poderiam auxilia-los a conseguir com mais facilidade as coisas para a sua sobrevivência e de sua família. Dessa forma é que nasceu o terceiro fator da produção, que denominamos de "capital".É considerado capital, os bens que não se destina à imediata satisfação do ser humano, mas que tem a função de facilitar a produção de utilidades econômicas. O capital no ponto de vista econômico é representado pelas matérias primas, usinas, máquinas, ferramentas, edifícios industriais etc. O dinheiro ou o credito, também é considerado capital, somente do ponto de vista comercial ou financeiro, representando a fonte do financiamento para a compra dos bens de produção: bens duráveis e transitórios (insumos).Quando os três fatores estão em harmonia, a produção com certeza estará crescente, observamos na "terra" o fator originário com uma riqueza incalculável para o ser humano, com o "trabalho" conseguirmos os bens econômicos, e por fim vem o "capital", que só com ele pode se concluir o ciclo produtivo.A sociedade vem evoluindo, com isso nasceu um novo fator de produção, defendido por muitos autores denominado de "empresa", que representa a organização econômica que tem a função de reunir ou combinar os fatores tradicionais da produção terra, trabalho e capital e que agrega o quarto fator a "empresa", a qual tem a função de produzir bens e serviços.
Quando falamos em economia moderna observamos que é caracterizada pela existência de muitas e variadas empresas produtoras de bens e serviços. Chegou a um ponto de importância na vida econômica, que a empresa passou a ser considerada um novo fator de produção, defendida por alguns autores de Economia. Porem não devemos considerar a empresa como fator de produção e sim forma de produção. Justificando esta teoria observamos que antes da Revolução Industrial, que passou da produção manual, para a produção mecânica, a qual deu inicio no século 18 e se desenvolveu no século 19. A partir da revolução industrial que antes era de forma doméstica (produção manual) ganhou nova forma, a empresarial (produção mecânica).Então concluímos que tradicionalmente são três os fatores de produção: A terra, o trabalho e o capital. Depois de analisar a fundo os três fatores da produção, estamos preparados para eliminar um fator, que é a terra. Dessa forma fica o trabalho e o capital ao qual pode ser aplicada a seguinte fórmula: (Fatores de produção = Trabalho + Capital).O fator trabalho é o esforço somente do homem, fica de fora deste fator, os animais e as máquinas. Já o fator capital com a redução dos fatores passa a ter um novo conceito que o divide em três: Terra, Bens de produção e bens de consumo duráveis. 1º Terra: são os bens duráveis da natureza como as minas, áreas urbanas, terrenos agrícolas etc.
2º Bens de produção duráveis ou capital fixo: são bens feito pelo homem como as ferramentas, maquinas etc.
3º Bens de consumo duráveis: são bens produzidos pelo homem como os automóveis, residências etc.Quando unimos a força do trabalho dos trabalhadores ativos, com os recursos do capital disponível empregado por todas as empresas, desde o primeiro dia do ano, surge, no fim do período (para facilitar os trabalhos de análise macroeconômica de um país foi escolhido o período de tempo de 1º de janeiro a 31 de dezembro), a produção nacional bruta ou produto nacional bruto do país. Define-se a produção global do país, no prazo de um ano como bens econômicos, em "bens de consumo" e "bens de produção".Sendo a produção nacional bruta ou produto nacional bruto, um dos mais importantes agregados macroeconômicos, o qual tem dois destinos, o "investimento" e o "consumo".È importante frisar que "Investimento" no mercado financeiro tem um sentido; já em Economia tem outro. No mercado financeiro significa aplicação do capital em títulos públicos ou privados ou, então, a compra de ativos reais, como o dólar, ouro, imóvel etc. No setor econômico significa aplicação em edifícios, equipamentos industriais, maquinarias, instalações etc. É muito importante conhecer os dois significados.A produção total de um país, bem como a produção que recebe do exterior segue os mencionados destinos, sendo que uma parte da produção é consumida (geralmente todos os bens de consumo e serviços) e a outra parte é aplicada ou investida novamente na produção por particulares, governo e empresas em menor escala, como novo capital.Podemos comparar uma pessoa que precisa de uma casa para a sua família. Pois ela reserva parte de seus rendimentos para um investimento que pode ser, para a aquisição ou construção da casa própria, e a outra parcela é destinada para a alimentação, vestuário, remédios, educação etc. Essas noções são consideradas básicas, porem é muito importante conhecer a atividade econômica de um país, porque a regra é praticamente igual em todo o mundo. Tudo o que foi abordado até aqui nos dá a condição de entender a equação fundamental da produção de qualquer país. Lembrando que: "Fator de produção = Trabalho + Capital". Com tudo que vimos até agora, chegamos a mais uma fórmula da produção global de um país que é: "Produção (ou Produto) Nacional Bruta = Consumo + Investimento".Esta fórmula mostra que a produção (ou produto) nacional bruta será sempre a soma em dinheiro (moeda de cada país) dos bens consumidos pelas empresas, governos e particulares, mais os bens destinados ao investimento, constituindo assim o novo capital, para outro ciclo de operação no ano seguinte.A produção (ou produto) nacional bruto pode ser apresentada em termos monetários (na moeda de cada pais), como também pode ser representados por meio de taxas percentuais ex: 2,5%, 4%, 6% etc., para efeito de estatísticas, para comparar um período em relação a outro. A fórmula da produção global de um país pode ser representada pelas iniciais das palavras e fica assim: (PNB = C + I). Ex: PNB (R$ 75.000) = C (R$ 55.000) + I (R$ 20.000).Completando o estudo da produção e seus fatores, devemos observar a "depreciação do capital", que em Economia significa desgaste físico dos bens de produção ou do capital fixo representado pelos equipamentos, utensílios, instalações durante as operações de produção. Sendo que o capital fixo sofre desgaste pelo uso, então o total da depreciação deve ser deduzido do valor da produção (ou produto) nacional bruta, para se ter maior precisão no cálculo da produção global de um país.Quando deduzimos o total da depreciação do capital fixo da produção (ou produto) nacional bruta, fica o resultado da "produção (ou produto) nacional liquida", a qual pode ser PNL ao custo dos fatores de produção e PNL a preços de mercado. Concluímos então que1º A produção (ou produto) nacional bruta é o valor (em moeda do país) da produção global de bens e serviços de um país.
2º A produção (ou produto) nacional liquida é a mesma produção anterior depois de deduzido o valor da depreciação do capital fixo.Vamos ver a fórmula da produção (ou produto) nacional líquida fica assim: Produção (ou produto) nacional liquida = Consumo + Investimento - Depreciação. Usando as 1ª letras fica assim: (PNL = C + I - D). Ex: PNL (R$ 75.000) = C (R$ 60.000) + I (20.000) - D (5.000).Nas considerações finais é importante esclarecer que considerando apenas a produção interna do país, (excluindo as rendas liquidas enviadas ao exterior e também a depreciação do capital fixo) deve se falar em produção (ou produto) interna bruta - PIB. Este é outro agregado importantíssimo na moderna análise macroeconômica, de vez que ele representa, como dissemos, tudo aquilo que se produz exclusivamente dentro das fronteiras geográficas de um país (sem as relações externas). O PIB constitui um indicador da atividade econômica global de um país, sinalizando o seu crescimento (variação positiva - ex. 4.1%) ou seu decréscimo (variação negativa ex. - 2.6%) de um ano para outro. Tudo que abordamos neste artigo é usado para a economia de qualquer país, seja ele desenvolvido ou subdesenvolvido.

2.5 - OS BENS DE CAPITAL

Enquanto os bens de consumo se orientam para a satisfação direta das necessidades humanas, os bens de capital, ou bens de investimento, não estão concebidos para satisfazer diretamente às necessidades humanas, mas para serem utilizados na produção de outros bens. Se dedicamos certa quantidade de recursos para produzir bens de capital, eles nos satisfarão necessidades no futuro, quando forem utilizados na produção de bens de consumo.

O capital empregado na produção pode dividir-se em capital fixo e capital circulante (Esquema 1.4). O capital circulante consiste nos bens em processo de preparação para o consumo, basicamente matérias-primas e estoques de armazém. O capital fixo consiste em instrumentos de toda a espécie, incluindo os edifícios, maquinaria e equipamentos.

Tipos de capital * Capital físico ou real - Capital fixo: consiste em todo tipo de instrumentos empregados na produção, como edifícios e maquinaria. Dura vários ciclos de produção. - Capital circulante: consiste nos bens em processo de preparação para o consumo, basicamente matérias-primas e estoques. * Capital humano: educação, formação profissional e experiência, em geral, tudo o que eleva a capacidade produtiva dos seres humanos. * Capital financeiro: fundos disponíveis para a compra de capital físico ou ativos financeiros.
Esquema 2.4: Tipos de capital

Em economia, a menos que se determine o contrário, o termo "capital" significa capital físico, isto é, máquinas e edifícios, e não capital financeiro. Uma carteira de ações não constitui um recurso produtor de bens e serviços, e não é capital no sentido econômico. De forma similar, ao falarmos de investimento em economia, falamos de investimento real, isto é, da acumulação de máquinas e edifícios e não da compra de bens financeiros. Quando, por exemplo, se realiza a compra de ações já emitidas, não acontece um investimento real, pois ocorre somente uma mudança de propriedade das ditas ações.

Do mesmo modo, em economia é necessário distinguir capital físico, ao qual nos referimos anteriormente, de capital humano, entendendo por este último a educação e a formação profissional que incrementam o rendimento do trabalho. Os gastos em educação e formação profissional supõem investimentos em capital, já que durante o período de aprendizagem e estudo existe um elemento implícito de espera. Esses gastos contribuem para incrementar a capacidade produtiva da economia, pois um trabalhador formado e educado (capacitado) geralmente é mais produtivo que um não-capacitado.

2.6 A NECESSIDADE DE ESCOLHA E O CUSTO DE OPORTUNIDADE

Na vida somos forçados a escolher continuamente. Quando optamos por algo, temos de renunciar a outras coisas. Como os recursos disponíveis são escassos, somente se pode satisfazer uma necessidade se se deixa de satisfazer outra. Não há recursos materiais suficientes, trabalho e nem capital para produzir tudo o que as pessoas desejam. Por isso, é necessário escolher entre as diferentes opções que se apresentam.

Esse problema é enfrentado pelos governos, famílias e empresas. Assim, por exemplo, os governos têm de decidir entre construir mais colégios ou comprar mais helicópteros para a polícia (Quadro 1.1). As famílias devem escolher entre comprar brinquedos para seus filhos ou gastar seus recursos em uma nova lavadora (Quadro 1.2). Do mesmo modo, as fábricas de brinquedos devem decidir entre gastar mais recursos em publicidade ou investir para renovar a maquinaria da fábrica.

Quando decidem gastar ou produzir, governos, empresas ou famílias estão renunciando a outras possibilidades. A opção que se deve abandonar para poder produzir ou obter outra coisa se associa, em economia, ao conceito de custo de oportunidade.

O custo de oportunidade de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens ou serviços a que se deve renunciar para obtê-lo.















Quadro 1.1: As decisões econômicas

O custo de oportunidade desde a perspectiva do gasto, tanto para um indivíduo como para um Estado, fica claro nas alternativas que aparecem.

O que se pode comprar com R$ 10,00*
O que se pode comprar com R$ 10 milhões
5 refrigerantes
12 bibliotecas públicas
5 passes de ônibus
2 parques infantis
2 revistas
8 helicópteros para a polícia
3 hambúrgueres
5 colégios
1 camiseta
(dados aproximados, de acordo com os preços de março de 2001)

Quadro 1.2: Orçamento da família Silva
No caso da família Silva, o conceito de custo de oportunidade se manifesta assim: quando se destina parte dos gastos a determinado bem, não se pode canalizá-la em outros bens.
Gastos
R$
Alimentação
1.200
Transporte
300
Roupas
250
Lazer e cultura
300
Outros
220
TOTAL
2.270

Assim, suponhamos que os fatores (de produção) utilizados para se extrair uma tonelada de ferro poderiam ser empregados para cultivar dez alqueires de milho. O custo de oportunidade de uma tonelada de ferro é, pois, os dez alqueires de milho que poderiam ser produzidos. Ao extrair o ferro, perde-se a oportunidade de obter milho.

Se todos os recursos estão sendo plena e eficientemente* utilizados, a produção de uma quantidade maior de um bem significará, necessariamente, produção menor de outro, isto é, tenderá a um custo de oportunidade. Em termos mais precisos, se estamos obtendo uma combinação determinada de bens, empregando eficazmente todos os recursos de que dispõe a sociedade, e quisermos, não obstante, produzir uma unidade a mais de um dos dois bens, significa que o custo de obter mais unidades de um é precisamente deixar de produzir algumas unidades do outro.

(* Um sistema produtivo é eficiente, em termos econômicos, quando não se pode incrementar a produção de um bem sem diminuir a produção de outro.)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

3o semestre de Administração - Contabilidade Geral

1. Princípio da Entidade
A Contabilidade deve ter plena distinção e separação entre pessoa física e pessoa jurídica. O patrimônio da empresa não se confunde com o dos seus sócios. A contabilidade da empresa registra somente os atos e os fatos ocorridos que se refiram ao patrimônio da empresa e não os relacionados com o patrimônio particular de seus sócios. Não se mistura transações de uma empresa com as de outra, mesmo que ambas sejam do mesmo grupo empresarial, é respeitada a individualidade.
2. Princípio da Continuidade
Tal princípio diz que a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que a entidade nunca será extinta. As Demonstrações Contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subseqüentes, a vida da empresa é continuada going concern, até circunstância esclarecedora em contrário. Seus Ativos devem ser avaliados de acordo com a potencialidade que têm em gerar benefícios futuros para a empresa, na continuidade de suas operações, e não pelo valor que se poderia obter se fossem vendidos no estado em que se encontram.
3. Princípio da Oportunidade
Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de forma integral, independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos físicos e monetários. A integridade dos registros é de fundamental importância para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis devem ser registrados, incluindo os das filiais, sucursais e demais dependências de uma mesma entidade. Caso seja tratado um fato futuro, o registro deve ser feito caso exista como provar o seu valor. São os casos de provisões como o de férias, 13 salário, contingências etc.
4. Princípio do Registro pelo Valor Original
Determina que os registros contábeis sejam feitos no momento em que o fato ocorra (tempestividade) e pelo seu valor completo (integralidade). Portanto, este princípio determina que o registro seja feito no momento da transferência de propriedade, através da emissão da Nota Fiscal (oportunidade), e pelo seu valor total (totalidade).
Os elementos patrimoniais devem ser registrados pela contabilidade por seus valores originais, expressos em moeda corrente do país. Assim, os registros da contabilidade são efetuados com embasamento no valor de aquisição do bem ou pelo custo de fabricação (vide contabilidade de custos), incluindo-se, ainda, todos os gastos que foram necessários para colocar o bem em condições de gerar benefícios presentes ou futuros para a empresa; caso ela efetue transações em moeda estrangeira, os valores correspondentes devem ser convertidos à moeda nacional.
5. Princípio da Atualização Monetária
Refere-se ao ajuste dos valores dos componentes patrimoniais, devido à perda do poder aquisitivo num ambiente inflacionário. Portanto, a atualização monetária não representa uma avaliação e sim apenas um ajuste dos valores originais, mediante aplicação de indicadores oficiais, que reflitam a variação do poder aquisitivo da moeda. Serve também para homogeneizar as diversas contas das mais variadas espécies.
Mas apesar da falta de base legal, hoje em dia no Brasil existe uma tensão no meio contábil, entre os órgãos reguladores (CFC e CVM) e a classe, por causa da resolução que admite a correção monetária apenas se a inflação passar de um determinado patamar: se a inflação superar 100% (em 3 anos) haveria a atualização. Na verdade, essa resolução atende ao padrão internacional. Sucede entretanto, que mesmo uma inflação baixa vai distorcer o real valor do patrimônio em poucos anos.
6. Princípio da Competência
As despesas e receitas devem ser contabilizadas como tais, no momento de sua ocorrência, independentemente de seu pagamento ou recebimento. Este princípio está ligado ao registro de todas as receitas e despesas de acordo com o fato gerador, no período de competência, independente de terem sido recebidas as receitas ou pagas as despesas. Assim, é fácil observar que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas auferidas e das despesas incorridas em determinado período.
7. rincípio da Prudência
O princípio da prudência especifica que ante duas alternativas, igualmente válidas, para a quantificação da variação patrimonial, será adotado o menor valor para os bens ou direitos e o maior valor para as obrigações ou exigibilidades. Assim, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos outros princípios fundamentais de contabilidade será escolhido a opção que diminuir ou aumentar menos valor do Patrimônio Líquido.
Baseia-se na premissa de nunca antecipar lucros e sempre prever possíveis prejuízos.

8. REFERÊNCIAS

GARCIA, Américo Parado Filho. Resolução CFC 750/1993. São Paulo. Disponível em: http--www_cosif_com_br-.mht. Data do acesso: 01/01/1994.

WIKIPÉDIA. Princípio Contábil. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_cont%C3%A1bil. Data do acesso: Abril de 2008.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Instituto Empreender Endeavor - Brasil

Este link oferece vários vídeos sobre empreendedorismo para os cadastrados no site, além de muita informação para as pessoas de negócios.

Instituto Empreender Endeavor - Brasil