Portifolio Acadêmico

Desenvolvido como pré requisito da disciplina Teoria Geral da Administração do Curso de Administração no Instituto de Educação e Ensino Superior de Samambaia - IESA, na cidade de Samambaia - Brasília - Distrito Federal - Brasil. Ano 2009.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Contabilidade Geral

Material 02 – 30/07/2009
Introdução a Disciplina

“Para que possamos entender a disciplina, devemos pensar em nosso cotidiano. O que você faz com o seu salário? Quando paga suas contas, decide comprar algum bem, uma casa, um carro, uma roupa, ou investir o seu dinheiro em ações e fundos, assumir uma divida ou pegar uns empréstimos. È necessário efetuar um orçamento, registrar e controlar gastos pessoais, além de ao final do ano, fazer a declaração de imposto de renda. Estes eventos, que afetam a sua vida, têm relação com a Contabilidade.

Poderiam as empresas sobreviver sem qualquer controle? Com seriam desenvolvidas as transações financeiras, empréstimos, financiamentos, investimentos, aquisições, venda de produtos, se não houvesse quaisquer informações sobre as empresas envolvidas? Sua empresa emprestaria um milhão de reais se não soubesse a probabilidade de retorno, ou compraria outra empresa sem nenhum conhecimento da saúde financeira?

A Contabilidade é a linguagem dos negócios. Através desta é que se traçam os objetivos, se mensuram resultados e avaliam desempenhos. È por meio dos relatórios elaborados com base no sistema de informações contábeis que administradores decidem quanto às decisões gerenciais das companhias.” (*Contabilidade Geral, Editora Atlas, FGV)

Definição de Contabilidade

Pode-se definir a Contabilidade como um Sistema de Informação e Avaliação cujo objetivo maior é fornecer informações úteis a seus usuários, de forma a apoiá-los na tomada de decisões de natureza econômica e financeira ou na formação de suas avaliações. (FIPECAFI*)

Campo de atuação

O campo de atuação da Contabilidade abrange todas as entidades econômico-administrativas, até mesmo as pessoas de direito público, como a União, os Estados, os Municípios, as Autarquias etc.

Entidades econômico-administrativas: são organizações que reúnem os seguintes elementos: pessoas, Patrimônio, titular, ação administrativa e fim determinado.

As entidades econômico-administrativas são classificadas:

Ü Entidades com fins econômicos (empresas) - visam o lucro.
Ü Entidades com fim sócio-econômico (instituições) visam superávit que reverterá em benefício de seus integrantes.
Ü Entidades com fins sociais - (instituições) - visam atender às necessidades da coletividade a que pertençam Governo.


Os usuários da contabilidade

Os usuários são as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessam pela situação da empresa e buscam nos instrumentos contábeis as suas respostas.

Usuários Externos
Ü Bancos;
Ü Fornecedores;
Ü Governo;
Ü Clientes;
Ü Concorrentes;
Ü Acionistas




Usuários Internos
Ü Gerentes: para a tomada de decisões;
Ü Funcionários: com interesse em pleitear melhorias, conhecer a organização;
Ü Diretoria: para a execução de planejamentos organizacionais.

Finalidade da Contabilidade

Assegurar o controle do patrimônio administrado, através do fornecimento de informações e orientação necessária à tomada de decisões sobre a composição e as variações patrimoniais, bem como sobre o resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins, que podem ser lucrativos ou meramente ideais (sociais, culturais, esportivos, beneficentes ou outros). *Hilário Franco

Objeto da Contabilidade

O patrimônio é o objeto da contabilidade, isto é, sobre ele se exercem as funções contábeis, para alcance de suas finalidades.


O patrimônio é um conjunto de bens, direitos e obrigações vinculados à entidade, para conhecer a situação do patrimônio em determinado momento, bem como suas variações e os efeitos da ação administrativa sobre a riqueza patrimonial, é que a contabilidade registra, classifica, demonstra, analisa e interpreta os fatos ocorridos no mesmo. *Hilário Franco

Objetivo

É permitir o estudo e o controle dos fatos decorrentes da gestão do patrimônio das entidades econômico-administrativas.

Método das partidas dobradas

1ª fórmula: um débito para cada crédito
2ª fórmula: um débito e vários créditos
3ª fórmula: vários débitos e um crédito
4ª fórmula: vários débitos e vários créditos


* FIPECAFI - Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras
*Contabilidade Geral - Franco, Hilário, Editora Atlas 23º Edição
*Contabilidade Geral – Editora Atlas e FGV.

Inatrodução à Economia

1- A inter-relação da economia com as outras ciências
Assim como a maioria das outras ciências, a economia não se define como uma ciência independente das demais, mas sim como uma ciência social que se relaciona e interage com outras diversas áreas do conhecimento.

Na “pré-economia”, isto é, quando a economia ainda não era definida como ciência, o seu estudo era relacionado à questões filosóficas, morais e éticas.

1.1 - Economia, Biologia e Física
Apesar da Biologia e da Física terem surgido a mais tempo que a ciência econômica, os grandes avanços nessas duas áreas do conhecimento contribuíram para a construção do núcleo científico inicial da economia (séc. XVIII e XIX).
1.1.1 - Biologia ¨ A partir das concepções organicistas da biologia, a economia se comportaria como um órgão vivo. A partir daí, a economia começa a utilizar termos como órgãos, funções, fluxos e circulação na teoria econômica.
1.1.2 - Física ¨ Sob as concepções mecanicistas da física, as leis da economia se comportariam como determinadas leis da física, daí o uso de termos como estática, dinâmica, aceleração, velocidade, etc.
Com o passar do tempo, entretanto, a economia assume uma concepção mais humanística ao buscar estudar e analisar os atos humanos e a satisfação das suas necessidades. A partir daí, a economia passa a ser definida como uma ciência social.
Economia e História
A pesquisa histórica é extremamente útil e necessária tanto para a compreensão do presente como para ajudar as previsões para o futuro, com base nos fatos do passado.

Economia e Geografia

Localização espacial dos fatores de produção;
Localização da população e das atividades econômicas;
Localização de empresas;
Condições geoeconômicas do mercado.

Economia e Direito Relacionam-se através das normas jurídicas do país, como por exemplo a criação de leis de regulação de mercados (agências reguladores como a ANATEL e ANEEL) e de contratos (Código de Defesa do Consumidor).A divisão do estudo econômico.
A análise econômica é normalmente dividida em 4 áreas de estudo:

Microeconomia: estuda o comportamento dos consumidores e das empresas e os mercados onde eles se interagem, bem como a formação dos preços e a determinação das quantidades nesses mercados.

Macroeconomia: estuda o funcionamento da economia como um todo, ou seja, analisa o comportamento dos chamados agregados econômicos como por exemplo o PIB, a inflação, o (desemprego, a taxa de câmbio, o consumo, etc.

Economia Internacional: estuda as relações econômicas, tanto comerciais quanto as financeiras, entre os residentes e não-residentes de um país.

Desenvolvimento econômico: preocupa-se com a melhoria do padrão de vida e do bem-estar da sociedade.


2 - A ECONOMIA E A NECESSIDADE DE ESCOLHA

Nesta primeira etapa iremos estudar os problemas básicos da economia, isto é, os decorrentes da existência de recursos limitados ante as necessidades virtualmente ilimitadas.
· O petróleo, o trabalho, as máquinas, etc. estão disponíveis em quantidades limitadas.
· Com esses escassos recursos, produzem-se bens e serviços (alimentos, moradias, automóveis, saúde, educação, lazer etc.).
· A escassez sempre existirá, já que os desejos são superiores aos meios disponíveis para satisfazê-los.

2.1 CONCEITO DE ECONOMIA

As pessoas necessitam alimentar-se, vestir-se, receber uma educação, etc.; para isso, há os recursos, mas a renda é insuficiente na hora de conseguir todos os bens e serviços desejados para satisfazer suas necessidades.

A sociedade (conjunto de pessoas) tem também necessidades coletivas, tais como estradas, defesa, justiça etc. O mesmo ocorre individualmente com as pessoas, que também têm mais necessidades do que meios para satisfazê-las. A economia se ocupa das questões relativas à satisfação das necessidades dos indivíduos e da sociedade (Esquema 2.1).







· Necessidade humana: é a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la.
· Tipos de necessidades:
o Segundo o requerente:
§ Necessidades do indivíduo:
· Natural: por exemplo, comer.
· Social: decorrente da vida na sociedadde; por exemplo, festa de casamento.
§ Necessidades da sociedade:
· Coletivas: partem do indivíduo e passam a ser da sociedade; por exemplo, o transporte.
· Públicas: surgem da mesma sociedade; por exemplo, a ordem pública.
o Segundo sua natureza:
§ Necessidades vitais ou primárias: destas depende a conservação da vida; por exemplo, os alimentos.
§ Necessidades civilizadas ou secundárias: são as que tendem a aumentar o bem-estar do indivíduo e variam no tempo, segundo o meio cultural, econômico e social em que se desenvolvem os indivíduos; por exemplo, o turismo.
Esquema 2.1: Tipos de necessidades humanas

A satisfação de necessidades materiais (alimentos, roupas ou habitação) e não-materiais (educação, lazer, etc.) de uma sociedade obriga seus membros a se ocuparem de determinadas atividades produtivas. Por intermédio dessas atividades, produzem os bens e serviços de que necessitam, e que posteriormente se distribuem para seu consumo entre os membros da sociedade.

Nesse processo de produção e consumo, surgem e são solucionados muitos problemas de caráter econômico: problemas nos quais se utilizam diversos meios para se conseguir uma série de fins ou objetivos.

Na produção, por exemplo, a empresa tem de decidir que bens vai produzir e que meios utilizará para produzi-los. No caso de uma empresa que produz automóveis, os gerentes têm de decidir o modelo de automóvel a ser lançado no mercado e se irão produzi-lo com uma tecnologia robotizada ou com uma em que se emprega mais mão-de-obra.

Em relação ao consumo, as famílias têm de decidir como vão gastar a renda familiar entre os diferentes bens e serviços ofertados para satisfazer suas necessidades. Assim, uma família qualquer, na hora de decidir entre um televisor e uma máquina de lavar, levará em conta suas necessidades, os preços de ambos os bens e suas próprias preferências, de forma que o resultado da escolha seja o mais apropriado.


2.1.1 DEFINIÇÃO DE ECONOMIA

A economia estuda a forma pela qual os indivíduos e a sociedade fazem suas escolhas e tomam decisões, para que os recursos disponíveis, sempre escassos, possam contribuir da melhor maneira para satisfazer as necessidades individuais e coletivas da sociedade.

A economia estuda a maneira como se administram os recursos escassos, com o objetivo de produzir bens e serviços e distribuí-los para seu consumo entre os membros da sociedade.

De forma intuitiva, pode-se dizer que a economia se preocupa com a maneira como os indivíduos "economizam" seus recursos, isto é, como empregam sua renda de forma cuidadosa e sábia, de modo a obter o maior aproveitamento possível. Do ponto de vista da sociedade, em seu conjunto, a economia trata de como os indivíduos alcançam o nível de bem-estar material mais alto possível a partir dos recursos disponíveis.

A economia somente se preocupa com as necessidades que são satisfeitas por bens econômicos, ou seja, por elementos naturais escassos ou por produtos elaborados pelas pessoas.

2.1.2 A MICRO E A MACROECONOMIA

A microeconomia ocupa-se da análise do comportamento das unidades econômicas, como as famílias, ou consumidores, e as empresas. Estuda também os mercados em que operam os demandantes e ofertantes de bens e serviços. A perspectiva microeconômica considera a atuação das diferentes unidades econômicas como se fossem unidades individuais.

Assim, quando explicamos o aumento do preço do petróleo como conseqüência de aumento na demanda de energia, estamos fazendo uma colocação tipicamente microeconômica.

A microeconomia é aquela parte da teoria econômica que estuda o comportamento das unidades, tais como os consumidores, as indústrias e empresas, e suas inter-relações.

A macroeconomia, pelo contrário, ocupa-se do comportamento global do sistema econômico refletido em um número reduzido de variáveis, como o produto total de uma economia, o emprego, o investimento, o consumo, o nível geral de preço etc. Se o Ministério da Fazenda, por exemplo, anuncia que a inflação caiu 2% em relação ao mês anterior e que o número de empregos aumentou, está destacando o que, em sua opinião, são os aspectos mais significativos da evolução global da economia.

A macroeconomia estuda o funcionamento da economia em seu conjunto. Seu propósito é obter uma visão simplificada da economia que, porém, ao mesmo tempo, permita conhecer e atuar sobre o nível da atividade econômica de um determinado país ou de um conjunto de países.

De qualquer forma, deve-se ressaltar que a microeconomia e a macroeconomia são dois ramos da mesma disciplina, a economia, e como tais se ocupam das mesmas questões, ainda que se fixem em aspectos distintos.

2.2 O PROBLEMA ECONÔMICO: A ESCASSEZ

O problema econômico por excelência é a escassez. Surge porque as necessidades humanas são virtualmente limitadas, e os recursos econômicos, limitados, incluindo também os bens. Esse não é um problema tecnológico, e sim de disparidade entre os desejos humanos, e os meios disponíveis para satisfazê-los. A escassez é um conceito relativo, pois existe o desejo de adquirir uma quantidade de bens e serviços maior que a disponibilidade.

Existem países em que a população possui níveis de vida mais elevados do que em outros. Nesses países, há alimentos e bens materiais abundantes, enquanto em alguns países atrasados existem milhões de pessoas vivendo na mais absoluta pobreza, na qual muitos chegam a morrer de fome.

Tendo em conta essa situação, parece estranho a economia abordar a escassez como um problema universal, isto é, como um problema que afeta todas as sociedades. Isso se deve em razão de a economia considerar o problema como de escassez relativa, uma vez que os bens e serviços são escassos em relação ao desejo dos indivíduos.

2.3 AS NECESSIDADES, OS BENS ECONÔMICOS E OS SERVIÇOS

O conceito de necessidade humana, isto é, a sensação de carência de algo unida ao desejo de satisfazê-la é, como colocado no Esquema 1.1, algo relativo, pois os desejos dos indivíduos não são fixos. O ditado popular "quanto mais se tem, mais se quer" parece refletir fielmente a atitude dos indivíduos em relação aos bens materiais. Assim, pois, o fato real que enfrenta a economia é que em todas as sociedades, tanto nas ricas como nas pobres, os desejos dos indivíduos não podem ser completamente satisfeitos. Nesse sentido, bens escassos são aqueles que nunca se têm em quantidade suficiente para satisfazer os desejos dos indivíduos (Esquema 1.2).

Os bens econômicos caracterizam-se pela utilidade, pela escassez e por serem transferíveis. Os bens livres – como, por exemplo, o ar – são aqueles cuja quantidade é suficiente para satisfazer a todo o mundo.

Quando buscam satisfazer suas necessidades, as pessoas procuram, normalmente, fixas suas preferências. Assim, os primeiros bens desejados são os que satisfazem as necessidades básicas ou primárias, como a alimentação, o vestuário e a saúde. Satisfeitas as necessidades primárias, os indivíduos passam a satisfazer outras mais refinadas, como o turismo, ou buscam melhor qualidade dos bens que satisfazem suas necessidades primárias, como uma habitação melhor, roupas de determinadas marcas etc.

Por isso, pode-se dizer que as necessidades são ilimitadas ou, de outra forma, que sempre existirão necessidades que os indivíduos não poderão satisfazer, ainda que seja somente pelo fato de os desejos tornarem-se "refinados".

Bem: é tudo aquilo que satisfaz direta ou indiretamente os desejos e necessidades dos seres humanos.
Tipos de bens:
* Segundo seu caráter
* Livres: são ilimitados em quantidade ou muito abundantes e não são apropriáveis.
* Econômicos: são escassos em quantidade, dada sua procura, e apropriáveis. São o objeto de estudo da economia.
* Segundo sua natureza
* De consumo: destinam-se à satisfação direta de necessidades.
* Duradouros: permitem uso prolongado.
* Não-duradouros: acabam com o tempo.
* De capital: não atendem diretamente às necessidades.
* Segundo sua função
* Intermediários: devem sofrer novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital.
* Finais: já sofreram as transformações necessárias para seu uso ou consumo.
Esquema 1.2: Tipos de bens.

2.3.1 TIPOS DE BENS ECONÔMICOS

Além de econômicos e livres, os bens e serviços classificam-se em bens de consumo, quando se destinam à satisfação direta de necessidades humanas, e em bens de capital. Dentro de bens de consumo, pode-se falar em bens de consumo duráveis, que permitem uso prolongado, como, por exemplo, um eletrodoméstico, e bens de consumo não-duráveis ou perecíveis.

Por outro lado, os bens podem ser intermediários (o cimento é um exemplo), pois sofrem novas transformações antes de se converterem em bens de consumo ou de capital; ou bens finais, isto é, os que já sofreram essas transformações. A soma total de bens e serviços finais gerados em um período denomina-se produto total.

Os bens podem ainda se classificar em privados e públicos. Bens privados são os produzidos e possuídos privadamente. Bens públicos ou coletivos são aqueles cujo consumo é feito simultaneamente por vários sujeitos, por exemplo, um parque público.

2.3.2 OS SERVIÇOS

O trabalho, quando não destinado à criação de bens, isto é, de objetos materiais, tal como o realizado por um agricultor ou um pedreiro, visa à produção de serviços. O trabalho de serviços pode estar relacionado com a distribuição de produtos, como o realizado por um agente de vendas ou um transportador; com atividades que satisfazem as necessidades culturais, como as realizadas por um professor ou um artista de cinema, um escritor ou um cantor; ou com outros tipos de atividades, tais como os serviços oferecidos por um banco ou uma companhia de seguros. Todas essas atividades constituem o que se denominam serviços.

Os serviços são aquelas atividades que, sem criar objetos materiais, se destinam direta ou indiretamente a satisfazer necessidades humanas.

2.4 RECURSOS OU FATORES DE PRODUÇÃO

Para a satisfação das necessidades humanas é necessário produzir bens e serviços. Para isso, exige-se o emprego de recursos produtivos e de bens elaborados.

Os recursos são os fatores ou elementos básicos utilizados na produção de bens e serviços. São denominados fatores de produção.

Tradicionalmente, esses fatores se dividem em três grandes categorias: terra, trabalho e capital.

· Na economia, o termo terra é usado em sentido amplo, indicando não só a terra cultivável e urbana, mas também os recursos naturais que contém, como, por exemplo, os minerais.

· O fator trabalho refere-se às faculdades físicas e intelectuais dos seres humanos que intervêm no processo produtivo. No Esquema 1.3, destacamos alguns pontos sobre o fator de produção trabalho e população. O trabalho é o fator de produção básico. Os trabalhadores se servem das matérias-primas obtidas da natureza. Com a ajuda da maquinaria necessária, transformam-nas até convertê-las em matérias básicas, aptas a outros processos ou bens de consumo.


· O capital compreende as edificações, as fábricas, a maquinaria e os equipamentos, a existência de meios elaborados e demais meios utilizados no processo produtivo. Recebem essa denominação porque, nas economias capitalistas, o capital geralmente é de propriedade privada e especialmente dos "capitalistas".













* A população é um conjunto de seres humanos que vivem em uma área determinada. * O fator produtivo trabalho é a parte da população que desenvolve as tarefas produtivas. População * População ativa: a que intervém no processo produtivo. - Empregados Empregados no sentido estrito: têm um trabalho remunerado ainda que estejam afastados por doença. Empregados ativos marginais: fazem trabalhos periódicos. - Desempregados: Reúnem as condições de idade e capacidade física e mental para trabalhar, mas não trabalham. * População inativa: a que somente consome. Aposentados. Estudantes. Donas de casa. Pessoas que não trabalham e não procuram emprego. Incapacitados para trabalhar.
Esquema 2.4: Trabalho e população.


Fatores de Produção

Escrito por.
Manoel Ruiz


Quanto ao tema fatores de produção, há uma divergência de opiniões entre os economistas quanto ao número de fatores, porem todos concordam com a existência de fatores de produção. A seguir abordaremos as duas correntes, sendo que primeiro será feito uma analise do pensamento dos autores mais antigos ou tradicionais, para o qual classificam em três os fatores de produção que são: A "terra", o "trabalho" e o "capital".A "terra" e o "trabalho" são considerados fatores originários, já o "capital" e derivado da "terra" e do "trabalho". Segundo a teoria desses autores, vamos analisar a influencia desses três fatores na produção.Esses fatores têm influencia direta na produção, os quais são utilizados para satisfazer as nossas necessidades, direta ou depois de transformadas. O planeta em que habitamos que foi denominado de "Terra", constitui o primeiro fator de produção e quando surgiu o homem, o mundo já estava criado. O homem vem em constante evolução, seus conhecimentos é renovado freqüentemente, porem até hoje podemos aproveitar somente a superfície da terra, a camada inferior mais próxima e a camada gasosa que envolve nosso planeta. A terra tem condições de nos oferecer os gêneros alimentícios e a matéria-prima necessária para a produção de novos bens econômicos.A natureza é generosa, pois encontramos na terra muitas coisas imediatamente aproveitadas como: os peixes, animais comestíveis, ervas, frutas a água etc. E não é só isso, temos os mares e os rios com suas quedas-d'água, o homem faz aproveitamento desses recursos, para melhorar a sua existência. Podemos notar também que até as coisa que a natureza nos oferece prontas, como: os animais, peixes, frutas etc., exige algum esforço que é considerado "trabalho", como: a caça, a pesca, a colheita, o transporte, o armazenamento, etc. Então o segundo fator de produção é o "trabalho" (Esse nome vem de um antigo instrumento chamado "tripallium", o qual era usado para castigar os escravos e exigir deles mais trabalho).É bom lembrar que o homem é o agente da produção e o seu trabalho representa o segundo fator da produção. O trabalho, em economia, quer dizer o trabalho humano e não o desempenho das máquinas e nem o esforço dos animais que parecem trabalhar. A máquina industrial e os animais colocados a serviço do homem representam o terceiro fator de produção, que é o "capital" o qual vamos abordar a seguir.Ao longo dos anos, o homem percebeu que mesmo as coisas que não proporcionavam a pronta satisfação de suas necessidades, serviriam para ajuda-lo a obter outras coisas de consumo imediato. Então o homem primitivo percebeu que poderia fazer instrumentos como o arco e flecha, o machado de pedra, a foice com dentes de sílix, etc; que poderiam auxilia-los a conseguir com mais facilidade as coisas para a sua sobrevivência e de sua família. Dessa forma é que nasceu o terceiro fator da produção, que denominamos de "capital".É considerado capital, os bens que não se destina à imediata satisfação do ser humano, mas que tem a função de facilitar a produção de utilidades econômicas. O capital no ponto de vista econômico é representado pelas matérias primas, usinas, máquinas, ferramentas, edifícios industriais etc. O dinheiro ou o credito, também é considerado capital, somente do ponto de vista comercial ou financeiro, representando a fonte do financiamento para a compra dos bens de produção: bens duráveis e transitórios (insumos).Quando os três fatores estão em harmonia, a produção com certeza estará crescente, observamos na "terra" o fator originário com uma riqueza incalculável para o ser humano, com o "trabalho" conseguirmos os bens econômicos, e por fim vem o "capital", que só com ele pode se concluir o ciclo produtivo.A sociedade vem evoluindo, com isso nasceu um novo fator de produção, defendido por muitos autores denominado de "empresa", que representa a organização econômica que tem a função de reunir ou combinar os fatores tradicionais da produção terra, trabalho e capital e que agrega o quarto fator a "empresa", a qual tem a função de produzir bens e serviços.
Quando falamos em economia moderna observamos que é caracterizada pela existência de muitas e variadas empresas produtoras de bens e serviços. Chegou a um ponto de importância na vida econômica, que a empresa passou a ser considerada um novo fator de produção, defendida por alguns autores de Economia. Porem não devemos considerar a empresa como fator de produção e sim forma de produção. Justificando esta teoria observamos que antes da Revolução Industrial, que passou da produção manual, para a produção mecânica, a qual deu inicio no século 18 e se desenvolveu no século 19. A partir da revolução industrial que antes era de forma doméstica (produção manual) ganhou nova forma, a empresarial (produção mecânica).Então concluímos que tradicionalmente são três os fatores de produção: A terra, o trabalho e o capital. Depois de analisar a fundo os três fatores da produção, estamos preparados para eliminar um fator, que é a terra. Dessa forma fica o trabalho e o capital ao qual pode ser aplicada a seguinte fórmula: (Fatores de produção = Trabalho + Capital).O fator trabalho é o esforço somente do homem, fica de fora deste fator, os animais e as máquinas. Já o fator capital com a redução dos fatores passa a ter um novo conceito que o divide em três: Terra, Bens de produção e bens de consumo duráveis. 1º Terra: são os bens duráveis da natureza como as minas, áreas urbanas, terrenos agrícolas etc.
2º Bens de produção duráveis ou capital fixo: são bens feito pelo homem como as ferramentas, maquinas etc.
3º Bens de consumo duráveis: são bens produzidos pelo homem como os automóveis, residências etc.Quando unimos a força do trabalho dos trabalhadores ativos, com os recursos do capital disponível empregado por todas as empresas, desde o primeiro dia do ano, surge, no fim do período (para facilitar os trabalhos de análise macroeconômica de um país foi escolhido o período de tempo de 1º de janeiro a 31 de dezembro), a produção nacional bruta ou produto nacional bruto do país. Define-se a produção global do país, no prazo de um ano como bens econômicos, em "bens de consumo" e "bens de produção".Sendo a produção nacional bruta ou produto nacional bruto, um dos mais importantes agregados macroeconômicos, o qual tem dois destinos, o "investimento" e o "consumo".È importante frisar que "Investimento" no mercado financeiro tem um sentido; já em Economia tem outro. No mercado financeiro significa aplicação do capital em títulos públicos ou privados ou, então, a compra de ativos reais, como o dólar, ouro, imóvel etc. No setor econômico significa aplicação em edifícios, equipamentos industriais, maquinarias, instalações etc. É muito importante conhecer os dois significados.A produção total de um país, bem como a produção que recebe do exterior segue os mencionados destinos, sendo que uma parte da produção é consumida (geralmente todos os bens de consumo e serviços) e a outra parte é aplicada ou investida novamente na produção por particulares, governo e empresas em menor escala, como novo capital.Podemos comparar uma pessoa que precisa de uma casa para a sua família. Pois ela reserva parte de seus rendimentos para um investimento que pode ser, para a aquisição ou construção da casa própria, e a outra parcela é destinada para a alimentação, vestuário, remédios, educação etc. Essas noções são consideradas básicas, porem é muito importante conhecer a atividade econômica de um país, porque a regra é praticamente igual em todo o mundo. Tudo o que foi abordado até aqui nos dá a condição de entender a equação fundamental da produção de qualquer país. Lembrando que: "Fator de produção = Trabalho + Capital". Com tudo que vimos até agora, chegamos a mais uma fórmula da produção global de um país que é: "Produção (ou Produto) Nacional Bruta = Consumo + Investimento".Esta fórmula mostra que a produção (ou produto) nacional bruta será sempre a soma em dinheiro (moeda de cada país) dos bens consumidos pelas empresas, governos e particulares, mais os bens destinados ao investimento, constituindo assim o novo capital, para outro ciclo de operação no ano seguinte.A produção (ou produto) nacional bruto pode ser apresentada em termos monetários (na moeda de cada pais), como também pode ser representados por meio de taxas percentuais ex: 2,5%, 4%, 6% etc., para efeito de estatísticas, para comparar um período em relação a outro. A fórmula da produção global de um país pode ser representada pelas iniciais das palavras e fica assim: (PNB = C + I). Ex: PNB (R$ 75.000) = C (R$ 55.000) + I (R$ 20.000).Completando o estudo da produção e seus fatores, devemos observar a "depreciação do capital", que em Economia significa desgaste físico dos bens de produção ou do capital fixo representado pelos equipamentos, utensílios, instalações durante as operações de produção. Sendo que o capital fixo sofre desgaste pelo uso, então o total da depreciação deve ser deduzido do valor da produção (ou produto) nacional bruta, para se ter maior precisão no cálculo da produção global de um país.Quando deduzimos o total da depreciação do capital fixo da produção (ou produto) nacional bruta, fica o resultado da "produção (ou produto) nacional liquida", a qual pode ser PNL ao custo dos fatores de produção e PNL a preços de mercado. Concluímos então que1º A produção (ou produto) nacional bruta é o valor (em moeda do país) da produção global de bens e serviços de um país.
2º A produção (ou produto) nacional liquida é a mesma produção anterior depois de deduzido o valor da depreciação do capital fixo.Vamos ver a fórmula da produção (ou produto) nacional líquida fica assim: Produção (ou produto) nacional liquida = Consumo + Investimento - Depreciação. Usando as 1ª letras fica assim: (PNL = C + I - D). Ex: PNL (R$ 75.000) = C (R$ 60.000) + I (20.000) - D (5.000).Nas considerações finais é importante esclarecer que considerando apenas a produção interna do país, (excluindo as rendas liquidas enviadas ao exterior e também a depreciação do capital fixo) deve se falar em produção (ou produto) interna bruta - PIB. Este é outro agregado importantíssimo na moderna análise macroeconômica, de vez que ele representa, como dissemos, tudo aquilo que se produz exclusivamente dentro das fronteiras geográficas de um país (sem as relações externas). O PIB constitui um indicador da atividade econômica global de um país, sinalizando o seu crescimento (variação positiva - ex. 4.1%) ou seu decréscimo (variação negativa ex. - 2.6%) de um ano para outro. Tudo que abordamos neste artigo é usado para a economia de qualquer país, seja ele desenvolvido ou subdesenvolvido.

2.5 - OS BENS DE CAPITAL

Enquanto os bens de consumo se orientam para a satisfação direta das necessidades humanas, os bens de capital, ou bens de investimento, não estão concebidos para satisfazer diretamente às necessidades humanas, mas para serem utilizados na produção de outros bens. Se dedicamos certa quantidade de recursos para produzir bens de capital, eles nos satisfarão necessidades no futuro, quando forem utilizados na produção de bens de consumo.

O capital empregado na produção pode dividir-se em capital fixo e capital circulante (Esquema 1.4). O capital circulante consiste nos bens em processo de preparação para o consumo, basicamente matérias-primas e estoques de armazém. O capital fixo consiste em instrumentos de toda a espécie, incluindo os edifícios, maquinaria e equipamentos.

Tipos de capital * Capital físico ou real - Capital fixo: consiste em todo tipo de instrumentos empregados na produção, como edifícios e maquinaria. Dura vários ciclos de produção. - Capital circulante: consiste nos bens em processo de preparação para o consumo, basicamente matérias-primas e estoques. * Capital humano: educação, formação profissional e experiência, em geral, tudo o que eleva a capacidade produtiva dos seres humanos. * Capital financeiro: fundos disponíveis para a compra de capital físico ou ativos financeiros.
Esquema 2.4: Tipos de capital

Em economia, a menos que se determine o contrário, o termo "capital" significa capital físico, isto é, máquinas e edifícios, e não capital financeiro. Uma carteira de ações não constitui um recurso produtor de bens e serviços, e não é capital no sentido econômico. De forma similar, ao falarmos de investimento em economia, falamos de investimento real, isto é, da acumulação de máquinas e edifícios e não da compra de bens financeiros. Quando, por exemplo, se realiza a compra de ações já emitidas, não acontece um investimento real, pois ocorre somente uma mudança de propriedade das ditas ações.

Do mesmo modo, em economia é necessário distinguir capital físico, ao qual nos referimos anteriormente, de capital humano, entendendo por este último a educação e a formação profissional que incrementam o rendimento do trabalho. Os gastos em educação e formação profissional supõem investimentos em capital, já que durante o período de aprendizagem e estudo existe um elemento implícito de espera. Esses gastos contribuem para incrementar a capacidade produtiva da economia, pois um trabalhador formado e educado (capacitado) geralmente é mais produtivo que um não-capacitado.

2.6 A NECESSIDADE DE ESCOLHA E O CUSTO DE OPORTUNIDADE

Na vida somos forçados a escolher continuamente. Quando optamos por algo, temos de renunciar a outras coisas. Como os recursos disponíveis são escassos, somente se pode satisfazer uma necessidade se se deixa de satisfazer outra. Não há recursos materiais suficientes, trabalho e nem capital para produzir tudo o que as pessoas desejam. Por isso, é necessário escolher entre as diferentes opções que se apresentam.

Esse problema é enfrentado pelos governos, famílias e empresas. Assim, por exemplo, os governos têm de decidir entre construir mais colégios ou comprar mais helicópteros para a polícia (Quadro 1.1). As famílias devem escolher entre comprar brinquedos para seus filhos ou gastar seus recursos em uma nova lavadora (Quadro 1.2). Do mesmo modo, as fábricas de brinquedos devem decidir entre gastar mais recursos em publicidade ou investir para renovar a maquinaria da fábrica.

Quando decidem gastar ou produzir, governos, empresas ou famílias estão renunciando a outras possibilidades. A opção que se deve abandonar para poder produzir ou obter outra coisa se associa, em economia, ao conceito de custo de oportunidade.

O custo de oportunidade de um bem ou serviço é a quantidade de outros bens ou serviços a que se deve renunciar para obtê-lo.















Quadro 1.1: As decisões econômicas

O custo de oportunidade desde a perspectiva do gasto, tanto para um indivíduo como para um Estado, fica claro nas alternativas que aparecem.

O que se pode comprar com R$ 10,00*
O que se pode comprar com R$ 10 milhões
5 refrigerantes
12 bibliotecas públicas
5 passes de ônibus
2 parques infantis
2 revistas
8 helicópteros para a polícia
3 hambúrgueres
5 colégios
1 camiseta
(dados aproximados, de acordo com os preços de março de 2001)

Quadro 1.2: Orçamento da família Silva
No caso da família Silva, o conceito de custo de oportunidade se manifesta assim: quando se destina parte dos gastos a determinado bem, não se pode canalizá-la em outros bens.
Gastos
R$
Alimentação
1.200
Transporte
300
Roupas
250
Lazer e cultura
300
Outros
220
TOTAL
2.270

Assim, suponhamos que os fatores (de produção) utilizados para se extrair uma tonelada de ferro poderiam ser empregados para cultivar dez alqueires de milho. O custo de oportunidade de uma tonelada de ferro é, pois, os dez alqueires de milho que poderiam ser produzidos. Ao extrair o ferro, perde-se a oportunidade de obter milho.

Se todos os recursos estão sendo plena e eficientemente* utilizados, a produção de uma quantidade maior de um bem significará, necessariamente, produção menor de outro, isto é, tenderá a um custo de oportunidade. Em termos mais precisos, se estamos obtendo uma combinação determinada de bens, empregando eficazmente todos os recursos de que dispõe a sociedade, e quisermos, não obstante, produzir uma unidade a mais de um dos dois bens, significa que o custo de obter mais unidades de um é precisamente deixar de produzir algumas unidades do outro.

(* Um sistema produtivo é eficiente, em termos econômicos, quando não se pode incrementar a produção de um bem sem diminuir a produção de outro.)

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

3o semestre de Administração - Contabilidade Geral

1. Princípio da Entidade
A Contabilidade deve ter plena distinção e separação entre pessoa física e pessoa jurídica. O patrimônio da empresa não se confunde com o dos seus sócios. A contabilidade da empresa registra somente os atos e os fatos ocorridos que se refiram ao patrimônio da empresa e não os relacionados com o patrimônio particular de seus sócios. Não se mistura transações de uma empresa com as de outra, mesmo que ambas sejam do mesmo grupo empresarial, é respeitada a individualidade.
2. Princípio da Continuidade
Tal princípio diz que a empresa deve ser avaliada e escriturada na suposição de que a entidade nunca será extinta. As Demonstrações Contábeis são estáticas, não podem ser desvinculadas dos períodos anteriores e subseqüentes, a vida da empresa é continuada going concern, até circunstância esclarecedora em contrário. Seus Ativos devem ser avaliados de acordo com a potencialidade que têm em gerar benefícios futuros para a empresa, na continuidade de suas operações, e não pelo valor que se poderia obter se fossem vendidos no estado em que se encontram.
3. Princípio da Oportunidade
Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações patrimoniais. Devem ser feitas imediatamente e de forma integral, independentemente das causas que as originaram, contemplando os aspectos físicos e monetários. A integridade dos registros é de fundamental importância para a análise dos elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis devem ser registrados, incluindo os das filiais, sucursais e demais dependências de uma mesma entidade. Caso seja tratado um fato futuro, o registro deve ser feito caso exista como provar o seu valor. São os casos de provisões como o de férias, 13 salário, contingências etc.
4. Princípio do Registro pelo Valor Original
Determina que os registros contábeis sejam feitos no momento em que o fato ocorra (tempestividade) e pelo seu valor completo (integralidade). Portanto, este princípio determina que o registro seja feito no momento da transferência de propriedade, através da emissão da Nota Fiscal (oportunidade), e pelo seu valor total (totalidade).
Os elementos patrimoniais devem ser registrados pela contabilidade por seus valores originais, expressos em moeda corrente do país. Assim, os registros da contabilidade são efetuados com embasamento no valor de aquisição do bem ou pelo custo de fabricação (vide contabilidade de custos), incluindo-se, ainda, todos os gastos que foram necessários para colocar o bem em condições de gerar benefícios presentes ou futuros para a empresa; caso ela efetue transações em moeda estrangeira, os valores correspondentes devem ser convertidos à moeda nacional.
5. Princípio da Atualização Monetária
Refere-se ao ajuste dos valores dos componentes patrimoniais, devido à perda do poder aquisitivo num ambiente inflacionário. Portanto, a atualização monetária não representa uma avaliação e sim apenas um ajuste dos valores originais, mediante aplicação de indicadores oficiais, que reflitam a variação do poder aquisitivo da moeda. Serve também para homogeneizar as diversas contas das mais variadas espécies.
Mas apesar da falta de base legal, hoje em dia no Brasil existe uma tensão no meio contábil, entre os órgãos reguladores (CFC e CVM) e a classe, por causa da resolução que admite a correção monetária apenas se a inflação passar de um determinado patamar: se a inflação superar 100% (em 3 anos) haveria a atualização. Na verdade, essa resolução atende ao padrão internacional. Sucede entretanto, que mesmo uma inflação baixa vai distorcer o real valor do patrimônio em poucos anos.
6. Princípio da Competência
As despesas e receitas devem ser contabilizadas como tais, no momento de sua ocorrência, independentemente de seu pagamento ou recebimento. Este princípio está ligado ao registro de todas as receitas e despesas de acordo com o fato gerador, no período de competência, independente de terem sido recebidas as receitas ou pagas as despesas. Assim, é fácil observar que o princípio da competência não está relacionado com recebimentos ou pagamentos, mas com o reconhecimento das receitas auferidas e das despesas incorridas em determinado período.
7. rincípio da Prudência
O princípio da prudência especifica que ante duas alternativas, igualmente válidas, para a quantificação da variação patrimonial, será adotado o menor valor para os bens ou direitos e o maior valor para as obrigações ou exigibilidades. Assim, quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis diante dos outros princípios fundamentais de contabilidade será escolhido a opção que diminuir ou aumentar menos valor do Patrimônio Líquido.
Baseia-se na premissa de nunca antecipar lucros e sempre prever possíveis prejuízos.

8. REFERÊNCIAS

GARCIA, Américo Parado Filho. Resolução CFC 750/1993. São Paulo. Disponível em: http--www_cosif_com_br-.mht. Data do acesso: 01/01/1994.

WIKIPÉDIA. Princípio Contábil. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Princ%C3%ADpio_cont%C3%A1bil. Data do acesso: Abril de 2008.